"Procurando um Novo Lar"

Bem, minha vida ia tomando rumo finalmente. Não me faltava trabalho agora que meu nome era conhecido por resolver diversos casos. Certo que muitos não passavam de bobagens como as unhas postiças perdidas da Sra. Caixão. Mas o que importava era a repercussão e claro, o dinheiro entrando na minha conta. 
Ainda faltava muito pra me considerar bem sucedido financeiramente. Ainda não tinha condições de fazer grandes mudanças de vida, mas já era um começo pra quem chegou na cidade mais duro que coco seco. Eu disse coco, por favor. 
Agora precisava de um computador novo ou consertar o velho. Estava nesse pequeno dilema quando me dei conta de que não havia lido minha correspondência. 

Não poderia ter notícia melhor nesse momento. Eu ganhara um computador novinho da prefeitura por meus trabalhos bem sucedidos como detetive. E ainda um notebook. Eu estava mesmo com sorte. Nunca antes tinha ganho nada dessa forma.

E meu novo computador moderno destoava dos meus móveis que agora estavam todos arranhados por Oto. Parecia que eu morava com um gato, minha cadeira, sofá, poltrona, tudo quase que destruído. E entrar no site de imóveis só me desanimou. Parece que a única casa barata da cidade era a que eu morava. Alugueis baratos só em "apertamentos" onde um casal, uma criança e um cachorro teriam que se amontoar. Eu precisava me mudar se quisesse fazer alguma proposta mais séria para Margareth. Minha casa era muito isolada e longe demais da escola do Pedrinho.
Eu estava mesmo empolgado com a ideia de poder morar com Margareth. Não conseguia mais imaginar minha vida sozinho com Oto, meu fiel e valente cachorro. Bem, fiel talvez, valente nem tanto.
E teria que educar o Oto para parar de destruir os móveis da casa. E dar um bom banho nele, estava cheio de pulgas. 
E ainda fazê-lo parar de cavar o quintal, derrubar a lata de lixo e espalhar tudo. 
As coisa tinham que melhorar. No contrato estava escrito que eu deveria entregar a casa em bom estado e os móveis faziam parte disso, afinal eu a alugara mobiliada. 
Ai, que vontade de esfolar o Oto. 
Resolvi lhe dar uma bronca para ver se tomava jeito. E também tentar ensinar a ele alguns truques. Fiquei por muito tempo tentando que ele aprendesse algo e ele apenas me olhava com a cara mais idiota possível. 








Eu até consegui ensinar alguns truques a ele depois de horas. Mas recebi uma ligação de um possível cliente e pouco depois já estava o Oto a aprontar com a moça que entregava as correspondências. 
Bem, eu não estava em situação de recusar nenhum trabalho, mesmo que fosse sobre um lhama dourado. "O caso do Lhama Dourado desaparecido está ficando cada vez mais gelado e a polícia local precisa da sua ajuda!
Apenas um sensitivo pode analisar a cena do crime para revelar quem é o gênio do crime
.
" Dizia o delegado.
Embora eu não fizesse ideia do que se tratava o Lhama Dourado e tampouco eu fosse sensitivo. Esperava que fosse um trabalho breve, pois a carta que recebi era sim, de um caso grande. Algo que me traria um bom dinheiro. 


Um arqueólogo local queria me contratar. Eu o encontraria na biblioteca naquela mesma noite.
Tratei de o mais rápido possível chegar a delegacia e investigar o caso do lhama e para minha surpresa tratava-se de uma estatueta e foi a coisa mais simples encontrá-la escondida no sistema de ventilação por obra de algum trote. Felizmente as pistas eram claras para alguém com minhas habilidades.

Em seguida parti para meu encontro com o arqueólogo. Estava ansioso para saber do que se tratava. Na carta adiantara que pagaria uma excelente quantia e era do que eu precisava. Quem sabe daria pra dar entrada numa casa simples mais próxima ao centro da cidade.
A noite veio sem Lua e com muita chuva. Me apressei em entrar na biblioteca. Logo na entrada avistei um senhor de aparência distinta.

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