Capítulo 13 - Visitando a Piramide 

Que dia produtivo, tinha passeado, conhecido novos lugares e ainda recebido um bom dinheiro. Trabalhar no Egito estava sendo bem divertido e educativo.
Mas já estava bem tarde, já havia entregue as fotos e era hora de descansar e no dia seguinte lá iria eu para a pirâmide.


Felizmente era chegado o dia de começar a missão que fora dada pelo Sr. Raymond. Não conseguia pensar nele sem me lembrar do Oto e ficar ansioso ao imaginar o que estaria aprontando na casa do homem.

Era melhor mudar os pensamentos e me concentrar na missão e não pensar nas artes do Oto.
Eu já estava pronto para sair quando ouvi uma voz conhecida na sala do alojamento de turistas. Fui ver e era meu amigo Francis White, que já estava se enturmando com os outros hóspedes. Ele havia se mudado para Bridgeport havia alguns meses e nos tornamos bons amigos. Um cara realmente divertido e carismático.


- Francis! Que coincidência nos encontrarmos aqui no Egito.
- Na verdade não foi muita coincidência, respondeu ele com uma expressão de moleque. - Sabia que você estaria aqui, esqueceu que pediu umas dicas por telefone? E fazia tempo que eu protelava uma nova visitinha ao Egito. Vim sozinho, mas logo irei a China com minha esposa e filho. Só esperando ele crescer mais um bocado.
Conversamos um pouco e lhe contei o que eu iria fazer. Para meu contentamento ele se prontificou a ir comigo até a pirâmide e me ajudar a procurar a caderneta. Afinal uma caderneta em uma pirâmide tão grande seria mais fácil se dois procurassem. Já tínhamos mais ou menos uma ideia do local que me foi dada pelo Sr. Raymond. Era uma ideia meio vaga, mas já ajudava. Eu disse que lhe daria parte do pagamento que iria receber, mas Francis quase se ofendeu.
- Nada disso, vou pela aventura e amizade.



Partiu pirâmide!



Francis já conhecia as pirâmides, todos os locais turísticos do Egito. Não era sua primeira vez aqui e nada para ele era tão empolgante como estava sendo para mim. Inclusive disse que eu poderia ficar com os tesouros que por acaso encontrasse pelo caminho. Claro que eu não iria pegar estatuetas ou peças que pertenciam ao país. Mas havia tesouros ocultos e Francis sabia onde procurar. E nas buscas pela caderneta por que não aproveitar para ver o que encontrávamos escondido pelo caminho? Francis é um colecionador, costuma explorar minas, grutas o que houver a procura de itens raros, não importando o valor.


Dentro da pirâmide parecia um labirinto e mesmo assim eu resolvi ir por um caminho diferente do de Francis logo no início para nos encontrarmos em seguida um andar abaixo. Acho que eu queria mostrar que sabia o que estava fazendo, mas a ideia não convenceu nem a mim. Ele havia me avisado para tomar cuidado com armadilhas. Tomar cuidado onde pisava, onde colocava a mão, mas não achei que seria naquele nível de perigo. Quase virei churrasco.


 Que sensação quente! Assustadora. Ainda bem que tinha uns potes de chuveiro portátil pra me molhar, refrescar e apagar as chamas da minha, da minha retaguarda.


Tudo bem, bola pra frente. Não seria um "calorzinho" que iria me deter.
Continuei seguindo e torcendo para que Francis me encontrasse logo. Não que e estivesse com medo, é claro, mas pela companhia.
Eu não podia deixar de olhar todos os cantos. Encontrei uma escada e lá em baixo vários salões. Um sarcófago em uma bela sala me encantou. Não resisti a tocar nele.


Um rangido se seguiu e quando eu menos esperava o tampo se abriu.
Os sustos naquela pirâmide não tinham acabado.
Algo estava saindo do sarcófago!


Uma múmia!! Meu sangue gelou. Ela começou a andar cambaleante na minha direção. Eu bem queria correr, mas meu corpo estava paralisado. Paralisado de susto, não de medo, entendam.
E com um grunhido gutural e nojento ela se lançou sobre mim.



Não conseguia acreditar que estava levando uma coça de um morto-vivo enfaixado. Senti uma mordida nas minhas costas. E tonteei. Num momento tudo escureceu e não sei de mais nada.


Acordei com Francis me dando água de um cantil.

Depois da surra que levei da múmia eu estava todo moído. A desgramada havia me espancado, mordido e arranhado. Não sei quanto tempo fiquei desacordado, mas não foi muito. Felizmente Francis me encontrou logo em seguida. Ele disse que eu estava meio pálido e contei a ele o que havia acontecido.
Ele ficou espantado. Coçou a cabeça e disse que tinha que me contar algo e me levou pra fora daquela sala.
Ele me falou que já havia passado por isso há alguns anos em sua primeira visita ao Egito. E que eu não me assustasse, mas algo muito ruim provavelmente iria acontecer comigo.
Ora, eu já estava bastante assustado, pedi que me contasse logo o que era.
Fazendo um certo rodeio ele me contou sobre a maldição da múmia.

- O quê?! Que maldição? Não faça rodeios, me conte logo! Por favor.


- Quando uma múmia ataca dessa forma ela lança uma maldição. E se você não conseguir se livrar dela em duas semanas se transformará em uma múmia e por fim morrerá.
- Puxa, podia ter continuado com os rodeios, disse eu.
- Mas tem cura, disse ele, é complicado, demorado, mas tem.
- Então diga, estou levemente apavorado.
- Uma das maneiras é com o beijo da cobra.
- Como?
- Sim, um beijo. Tudo que você precisa fazer é encantar uma cobra rei, use um daqueles cestos que tem na praça do mercado. Domine a cobra até que ela o beije, a maldição será quebrada. Aprendi isso em um dos tutoriais do blog Somos Sims, rs. 😜
- Dominar uma cobra rei? Sério? Só isso?
- Só.
- Tá brincando? Eu logo que cheguei fui me meter a encantar uma cobra e nem era uma cobra rei e ela me mordeu todo. Se depender disso eu morro envenenado antes de morrer amaldiçoado.

Ele me olhou com cara desanimada.

- Ah, mas tem outra maneira. Também meio demorada, mas não leva nenhum perigo, eu acho.
- Aff.
- Temos que ir até a Esfinge.
- Isso eu gostei. Pelo menos se eu morrer já terei conhecido a Esfinge.
- Não, é sério. Lá dentro tem uma estátua. Você só tem que chegar até ela, sentar-se a sua frente e meditar por algumas horas. Quando conseguir se concentrar o bastante a estátua vai lhe aceitar. Você sentirá seu corpo leve, começará a flutuar então será o momento de implorar pela cura.
- E você tem certeza de que isso dará certo?
- Claro, eu mesmo já fiz isso. Só precisa se concentrar e implorar pela cura.
- Tá, essa eu aceito. Pior não pode ficar.
- Na verdade pode.
- O que?
- Nada, nada, kkkk. Vamos lá, vai dar tudo certo, estarei por perto.





(nota de Kabuk: continua mesmo, rs. Já estou preparando os próximos. Muitas coisas aconteceram comigo, mas vou por uma meta de 1 por semana. E acertarei o dia, provavelmente manterei o desse episódio, as quintas as 19 hs. Obg.)
Na 3ª temporada repensarei em postar semana sim, semana não.