Visitando os Amigos

De posse do meu possante sai para mais um dia empolgante. 
O carrinho era um pouco barulhento, velho, um pouco amassado, nada apresentável. Mas iria me levar (com sorte) onde eu precisasse.  

Eu estava curioso para saber como estava o sequestrador das crianças. Sabia que o sujeito estava numa prisão um pouco afastada da cidade. Resolvi ir até lá, passei na delegacia para saber os horários das visitas. 
Agora sim eu iria ver aquele sujeito atrás das grades. 


Acho que Bolão não ficou muito feliz em me ver.


Era hora de deixá-lo aproveitar sua estadia. Fui embora com a boa sensação de que a justiça estava sendo feita. 
Eu tinha coisas importantes para fazer. 
Iria ver o túmulo de minha esposa. Eu ligara e tudo já estava pronto, uma lápide simples e eu levaria um vaso de plantas para ornamentar.


Eu ainda tinha um caso simples, mas que me renderia um bom pagamento. Na verdade eu já me adiantara bastante e faltava só entregar o caso resolvido para o cliente. Então depois de passar na casa do cliente, receber meu pagamento era hora de uma pausa para mim. Liguei para Margareth e marquei de ir a sua casa. Agora era tomar um banho e ir vê-la. Sabia que ela era separada do pai de Pedrinho e isso me animava. Não podia negar que meu coração pulava só em pensar nela. Resolvi comprar rosas para levar ao "encontro". 


Eu tinha que passar por cima de minha timidez.


Conversamos um pouco.
Eu estava tão nervoso nem queria me sentar. Mas era agora ou nunca.Num rompante tasquei um beijo, tímido, mas caloroso.


Acho que a assustei. Mas logo ela se recuperou.


Com certeza ela gostava de mim. Eu estava explodindo de felicidade. E tinha que registrar o momento.


Quando fui embora me sentia como um adolescente. Não conseguia tirar o sorriso do rosto.
Nem sei o que se passava na minha cabeça. Era tanto pensamento junto. Já sentia a necessidade de uma mudança geral na minha vida. Margareth era mulher séria, não tinha namorado ninguém depois de se separar. Eu precisava de uma casa maior. Mal começara a namorar e já pensava em casar. Será que ela estava namorando comigo, porque eu estava namorando com ela. E só conseguia me lembrar desses momentos incríveis.


Fui para casa dirigindo devagar porque quase não via nada a minha frente, só via o rosto de Margareth. Cheguei um pouco tarde em casa e encontrei Oto assustado, de novo. Esse cachorro precisava de um tratamento, só vivia assustado. As luzes na frente e ao lado da casinha estavam ajudando, mas ele ainda relutava em ficar sozinho.


Eu tinha que adiantar algumas coisas no computador. 
Mas o que é isso? O computador queimou! Um dias tão produtivo e tinha que terminar assim. Ai, ai, eu não mereço.


http://thesimsumanovavida.blogspot.com.br/2015/05/procurando-um-novo-lar.html